Numa esquina de dois quartos.
Com varanda pra estrada.
Espaço vasto entre os olhares.
Sentado em cores harmônicas sobre os fatos desarmônicos de um jornal.
Cirandam uma a uma,
As pálpebras de um modesto cigarro, na boca de um humano aprendiz normal hilário.
Um simples humanóide, numa tarde do século XX.
Entre o mesmo sol de tablóides de séculos passados.
Onde brancas estrelas circulavam no azul, intercaladas no oculto.
E como se fosse a ultima tragada.
Uma cadeira suporta no momento, um ferimento, um nada.
E sua quelóide, por ordem.
É o humanóide, sentado.
Na espera.
Ele é sua ferida.
Calada.
Pesado na esfera global.
Esperando a água nascer por entre o sol.
Buscando uma solução contra o resfriamento solar.
E o congelar da lua.
Enquanto que, no mesmo momento.
A terra queima.
Queima e silencia o silêncio.
Os lábios dos olhos se cansam de ver,
E por vezes até lacrimejam procurando outro mundo no escuro dos olhos fechados.
(Ismael Alves do Amaral)